quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Início da Vida


O divã pode ser considerado como um dos maiores ícones da psicologia, apesar de estar intimamente ligado à figura de Sigmund Freud. Entretanto suas teorias, conforme já dito, ironicamente, costumam sofrer maior resistência por parte dos psicólogos de outras abordagens que não a Psicanálise.

Uma das maiores causas desta não aceitação está no fato de que para a Psicanálise o homem adulto ser pré-determinado, ou seja, ele é hoje o que foi no passado. Trocando as palavras, podemos dizer que os acontecimentos ocorridos a partir do nascimento do bebê, irão provocar e determinar a personalidade, defesas ou mesmo doenças do indivíduo no futuro. Isso significa que a mudança do aparelho psíquico na vida adulta se dá com bastante dificuldade e, caso aconteça, com prazo bastante dilatado. Um exemplo de perturbação que podemos citar, corriqueiro nos dias atuais mas que sempre existiu, é a Depressão, ou utilizando um termo mais técnico, o Transtorno Bipolar de Humor. Adiante iremos discutir este problema, mas posso adiantar desde já que este mal está diretamente relacionado à uma experiência de abandono em fase remota da vida, ou seja, na infância do sujeito. Convém salientar que experiência de abandono não significa necessariamente uma negligência dos pais no trato da criança, mas sim uma sensação que lhe é particular.

Muitos acreditam que lembranças e sensações desagradáveis do tempo de criança são esquecidas, desprezadas pela nossa mente e que não fazem muita diferença em nossas vidas adultas. Lêdo engano, pois elas são vitais na nossa formação psicológica.

A seguir vale a pena conferir este vídeo para termos uma noção do quanto uma bebê é capaz de manipular um adulto, ou seja, possui uma inteligência que lhe é peculiar e muitas vezes não percebida por nós já crescidinhos.

(http://www.youtube.com/watch?v=uQtpRjBLXic)


Neste breve clipe, assistimos a estratégia de um bebê para conseguir algo que deseja. Aparentemente ele estava tentando obter a atenção da mãe. Felizmente alguém com uma filmadora capturou o episódio passando com bastante fidelidade esta situação que costuma acontecer em milhões de lares pelo mundo afora. Geralmente ao primeiro soluço a mãe atende aos anseios do filho antes que o choro do rebento provoque um incômodo geral no ambiente. Num futuro breve, estando adulto, se contarmos a ele algo que costumava fazer quando criança, ele jamais lembrará, assim como todos esquecemos o que fizemos em nossa primeira infância.

É claro que qualquer choro deve ser observado com bastante atenção por todos nós adultos, pois uma vez que a criança ainda não se comunica através das palavras, ela se expressa como pode, sendo o choro uma das formas de comunicação. Se ela pudesse falar, este meigo personagem do Youtube estaria dizendo: “mamãe... eu quero colo... “ e repetindo as palavras até conseguir algum sucesso. Entretanto, o choro pode significar algo muito mais sério, como uma dor ou talvez possa ser fome. Portanto, é bastante indicado estarmos atentos às manifestações do pimpolho.

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